quinta-feira, 6 de dezembro de 2012



CHARLES ANDERSON DA SILVA.
 Casamento e Divórcio na Igreja.

Estamos vivendo dias em que as instituições Família e casamento, têm sido bombardeadas de forma vil e grosseira no intuito de trazer descredito a algo que Deus instituiu como Sagrado e que forma a base de uma sociedade sadia. A sociedade moderna já não mais apoia o casamento, criaram leis onde as pessoas podem simplesmente celebrar um contrato de união, se der certo, ótimo se não, vai-se a um cartório, assina alguns papeis e tudo acabado, cada um segue sua vida.  E quando se fala em casamento entre os servos do Senhor? O que tem acontecido conosco?    

1-      O que a Bíblia diz a respeito do casamento?
O matrimônio não é uma conveniência social inventada pela humanidade para preencher uma necessidade ou condição temporárias, e, portanto, para ser revisado ou abandonado conforme os caprichos de qualquer homem, ou grupos de homens.  O matrimônio foi instituído por Deus Altíssimo e a sua relação para com a raça humana é tal que não se pode modificar, nem a parte considerada mais insignificante, sem graves consequências. “Não tendes lido que o Criador desde o principio os fez homem e mulher, e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” Mt. 19;3-6. Não se julgue que a legislação humana pode dissolver uma união feita por Deus.
§  Um casamento feliz deve ser......
Ø  1Co 7:39- Somente no Senhor.
Ø  2Co 6:14- Livre do jugo desigual.
Ø  Gn 2:18,24- Instituído por Deus.
Ø  1Ped. 3:1-9- Um mandamento Divino para a vida de todos os casais.
2-      O que a Bíblia diz a respeito do divórcio?
“Eu, porém, vos digo: Qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de infidelidade *(Fornicação ), expõe a tornar-se adúltera; aquele que casar com a repudiada, incide em *Adultério” Mt 5:32
Fornicação-Grego, Porneia, é o pecado de pessoas não casadas, com pessoas casadas ou não.(Envolvimento de pessoas casadas com solteiras e vice versa, envolve também intimidades entre solteiros)
Adultério- Grego, Moicheia, é o pecado de pessoas casadas com outras que não são seus próprios cônjuges (Entre casados). Cristo disse mais: Moisés pela dureza dos vossos corações vos permitiu repudiar as vossas mulheres, mas ao principio não foi assim. Eu pois vos declaro  que todo aquele que repudiar sua mulher, se não é por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério. Mt 19:8,9.
Cristo não disse que a lei de Moisés concedia o direito de divórcio, por causa de adultério (Gr. Moicheia). Ele disse: “Quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação (Gr. Porneia) e casar com outra comete adultério. Mt 19.9 .
Se o homem depois de casar-se, achasse que a mulher não era virgem, podia repudiá-la. Compare MT. 5:32; 19.9; Dt 24:1 . Mas se ela era virgem, não podia repudiá-la enquanto vivesse , Dt 22;19. A lei de Moisés concedia o direito de divórcio no caso de fornicação, mas não de adultério; os adúlteros morriam apedrejados Lv 20:10.
Q As leis civis sobre o divórcio, nunca podem substituir ou invalidar os deveres dos crentes diante de seu Deus.
·         Sou casado, servo do Senhor, toda a minha família comunga a mesma fé, de uma forma inesperada fico sabendo que minha esposa foi infiel ao nosso casamento, o que devo fazer? O que diz a Bíblia?
â     Situação difícil, afinal a confiança foi quebrada. A bíblia diz que; devemos perdoar nosso cônjuge e não repudiá-lo, confira. Mt 6:14,15; 18:15-20. O amor entre os crentes em Cristo Jesus é um mandamento Divino. Ef. 5:22-33; 1Pe 3:1-9; Não um capricho como entre os mundanos.

3-      A questão do divórcio quando um dos cônjuges não é crente.
  Se aquele que não é crente exigir a separação, o crente pode ceder, mas a atitude do crente deve ser sempre a de ganhar seu companheiro(a) para Cristo; nunca pode ou deve tomar a iniciativa na separação, 1Co 7:10-17. No caso de separarem-se, porém, a palavra é clara, que o crente não tem direito de casar-se com outrem. 1Co. 7:10,11, observe o grifo de Paulo no verso 10:” Todavia aos casados, mando, não eu, mas o Senhor” observe  que a ordem para permanecer solteiro após o divórcio vem direto de Deus. Um novo casamento só é permitido em caso de morte de um dos cônjuges. 1Co 7:39.    
               4-      Porque um Ministro da casa do Senhor não pode ou não deve ser divorciado?
Quando digo que o Ministro do Senhor (Pastores, Presbíteros, Bispos, etc.) após fracassar em sua vida conjugal deve deixar sua posição ministerial, não quero dizer com isso que ele não tenha plenas condições (Após ser perdoado pelas pessoas envolvidas e pela Igreja) de participar da comunhão da Igreja, orar pelos enfermos, porém, não mais como Ministro.
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                                           Vejamos as palavras do Pastor. João Arantes Costa- Igreja Cristã Evangélica – São José dos Campos- S.P.

1. Ele não é exemplo dos fiéis.
Em 1 Tm 4:12, Paulo exorta ao pastor Timóteo para que seja "...o exemplo dos fiéis..." O homem que está no segundo, e em até alguns casos, terceiro ou mais casamentos, não pode ser exemplo dos fiéis, por não ser esta a vontade de Deus para o seu povo: Ele odeia o divórcio (Mal 2:16). Os jovens de tal igreja estariam automaticamente, levantando a possibilidade de o seus futuros casamentos, se não derem certo "como o do pastor", o divórcio seria uma opção e ainda Deus os estaria ainda abençoando após algumas "tribulações..." Desastroso exemplo seria também para os que entrarão ou já estão no ministério pastoral. O cristianismo verdadeiro não segue o lema de "faça o que eu digo mas não faça o que eu faço". Paulo disse "sede meus imitadores como eu sou de Cristo"( 1Cor 3:15). O ministério pastoral não é para qualquer um, mas para os que tem condições morais de dar exemplo ( Heb. 13:7).

2. Ele não é irrepreensível.
Em 1 Tm 3:2 temos as qualificações para o pastor: " Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível..." A palavra traduzida por irrepreensível usada no texto acima é no grego "anepleptos". Ela aparece 3 vezes no Novo Testamento, a saber: 1 Tim 3:2, 5:7 e 6:14. O significado é sempre o de alguém de quem não se pode falar nada contra, sem mancha, sem culpa inacusável. Independente ser ou não o causador do divórcio ( se é que existe tal condição ), o homem que passou por esta experiência não se encaixa nas exigências bíblicas e será usado pelo Diabo para escandalizar e envergonhar o evangelho. Existe "pastor" que se casou em rebeldia contra os conselhos dos pais, de amigos e até de seus pastores atraindo as maldições do Senhor. Tal flagrante violação da vontade de Deus, tornou tal crente o único responsável pela falência do seu próprio casamento, desqualificando-o de uma vez por todas, para o exercício do pastorado.

3. Ele não é marido de uma mulher.
"Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher... " (1Tim 3:2). A expressão "marido de uma mulher" significa muito mais do que o leitor superficial possa imaginar. O ensino é que a mulher com quem o bispo é casado, é a sua primeira e única! Não tem nada a ver com a condenação de relacionamentos simultâneos, o que seria adultério. A condenação da poligamia seria um absurdo tão redundante e flagrante que Paulo não precisaria se referir para uma pessoa especial como o bispo. O que está em jogo é a conduta ilibada e irrepreensível do pastor no seu relacionamento singular com a sua primeira esposa. Veja o verso afim em 1 Tim 5:9. "...e só a que tenha sido mulher de um só marido." É óbvio que a viúva a que Paulo se refere, só poderia receber auxílio da igreja se tivesse vivido com um só homem. Por estar ele morto não haveria outro. Esta é a mesma construção gramatical que se refere a situação do pastor, apenas invertendo-se os substantivos. Nem o viúvo que casou novamente escapa da qualificação bíblica. A ênfase em 1 Tim 3:1 sobre a vida conjugal do pastor é tão flagrante, que a mesma palavra que é usada para expressar a unicidade da mulher da sua vida, é usada também em todas as vezes no Novo Testamento para expressar que marido e mulher se tornam uma só carne. O homem que se divorcia e se casa com outra mulher não reverte o se tornar uma só carne com a primeira, portanto ele não é mais marido de uma só mulher nem na singularidade nem na ordem numeral e nem mesmo se voltasse para a primeira!

4. Ele não tem autoridade para exortar nem aconselhar.
Certo pastor, que estava no segundo casamento, teve a audácia de, ao pregar numa determinada igreja, mencionar a sua indignação ao se deparar com colegas que estavam no segundo casamento...Tal falta de honestidade e coerência nos faz lembrar a advertência do Mestre que disse "Ou como dirás ao teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho; estando uma trave no teu" ( Mat 7:5 ). O divorciado não pode pregar numa igreja como pastor, muito menos aconselhar os casais crentes sobre família, porque a sua não é mais exemplo. Se tentar aconselhar estará sendo hipócrita, se não aconselhar estará sendo omisso com o ministério mutilado. Não tem jeito, o cristianismo não funciona segundo palavras vazias, mas com exemplo de vida. Mesmo que o homem não tenha se casado novamente, a situação de separação da primeira esposa já o desqualifica para o pastorado.

5. Ele contradiz a própria palavra que prega, por exercer em rebeldia uma posição para a qual Deus não o permitiu, nem o chamou.
Quando o pastor sobe ao púlpito para pregar, ele não pode expressar as suas opiniões. Ele tem que entregar uma mensagem que não é a sua. Ele tem que pregar a Palavra de Deus em obediência a Cristo. Se o pregador está em rebeldia no seu viver, ele está desqualificado para pregar. Suas palavras são vazias e sem unção. Não importa o que a igreja pense, o tamanho da congregação, ou quantas conversões acontecem: o seu líder nessas condições está sem a bênção do Senhor, não importando os "sinais externos": os resultados não autenticam a fonte (1Cor 3:13-15).

6. Ele seria um desastre espiritual a médio e longo prazo para a igreja imatura que o aceitar
Não se pode colocar o pecado em compartimentos. Quando ele entra na igreja sob a forma de omissão e rebeldia contra a palavra de Deus, qual fermento se espalha para vários outros setores. Com o pecado não se brinca. A tendência do homem é o pecado, principalmente na área de família e sexo. Na igreja isto também se verifica. Se a liderança não tem os padrões de Deus, a degeneração dos crentes é certa. Os líderes cristãos não podem ser egoístas, buscando seus interesses a curto prazo nem status de liderança para encobrir pecados pessoais. Se os padrões são decadentes, pode esperar que os crentes que se desenvolveram dentro do ambiente de tolerância com o pecado serão cada vez mais decadentes, frios e finalmente apóstatas. Veja as advertências do Senhor às 7 igrejas do Apocalipse. A igreja local muito menos ordem de pastores não têm autoridade para aceitar um pastor divorciado. Eles estariam em rebeldia contra a palavra de Deus, independente do número de votos que homologou a aceitação. Os crentes sérios que porventura pertençam a tal igreja deveriam imediatamente se retirar dela, recusando submeter-se a um líder desqualificado e não aprovado por Deus. O voto da maioria nesse caso não opera a vontade de Deus (Ex.23:2).

7. Ele desonra o gesto nobre de ex-pastores que abandonaram o ministério por fracassarem no casamento.
Há diversos casos de pastores que, apesar de terem o chamado de Deus para o ministério, tiveram a dignidade e a nobreza de abandoná-lo após se desqualificarem devido ao divórcio, separação ou conduta. Quando alguém insiste em permanecer no ministério nessas condições está desonrando a Deus e a esses homens dignos que entenderam que não era mais a vontade de Deus a sua liderança sobre o Seu povo. Quando alguém assim permanece no ministério, na verdade está se julgando muito importante e indispensável para o trabalho de Deus (Luc. 17:10).

8. Ele destruiu o modelo de compromisso eterno e indissolúvel entre Cristo e a igreja.
O relacionamento eterno entre Cristo e os salvos, é comparado com o do marido e esposa cujo compromisso não é para ser quebrado (Ef. 5:22-33).

9. Ele não pode celebrar nenhum casamento.
Até que a morte os separe (Rom. 7:2-4, 1Cor 7:39) ? Como pode um pastor proferir os votos conjugais para um casal de noivos , se ele mesmo não cumpriu na sua vida?

10. Ele está contribuindo para a degeneração dos padrões familiares das gerações seguintes.
Se pastores, tendo suas famílias dentro dos padrões bíblicos, já sofrem com a desintegração de várias famílias da membresia, imagine se do púlpito vem o péssimo exemplo do fracasso conjugal. Nesse caso os fundamentos da família estão abalados para as gerações seguintes (Sal. 11:3).
                                              
                                                     Conclusão.
O divórcio é uma ameaça para a família cristã. As suas consequências são devastadoras para a família. Por esse motivo "O Senhor Deus de Israel diz que aborrece o repúdio..." (Mal 2:16). O homem que foi chamado para anunciar a palavra de Deus como pastor não pode ser divorciado, muito menos casado pela segunda vez. Se alguém está nessa triste situação deve ter a humildade suficiente de abandonar o ministério urgentemente para não causar mais prejuízos ao testemunho do evangelho e procurar exercer os seus dons fora da liderança da igreja, pois o seu chamado acabou tão logo tenha ocorrido a desqualificação. Para os crentes que desfrutam a bênção de ter o seu casamento dentro da vontade de Deus, fica o alerta para, humildemente, reconhecer a graça do Senhor (1Cor. 10:12) e buscar em fervente oração, forças e discernimento para combater as armadilhas do maligno para a destruição da família.
        José Pedro M. de Almeida.

Obs: Fiz questão de incluir neste estudo as palavras do Pastor. João Arantes Costa- (Igreja Cristã Evangélica), por concordar plenamente com tudo o que foi dito, e observar que todos os itens discorridos têm como base a Santa Palavra de Deus, não sendo palavras de homem.  

·         Espero ter contribuído para um melhor entendimento sobre a vida conjugal dos servos do Senhor, não esqueçamos de que a melhor coisa que temos a fazer é buscar as coisas Celestiais, e nos afastarmos a cada dia da aparência do mal..
·         ITm 3:1,2 ; 4:1;  IITm 3:1-4.

·        Fontes consultadas;
â     Bíblia Sagrada – edição Revista e corrigida J.F.A.
â     Pequena Enciclopédia Bíblica. O.S. Boyer 8ª Ed.
â     Dicionário Bíblico Vida Nova- Derek Williams, Ed.Vida Nova.
â     Bíblia de Estudo Pentecostal.
â     Internet.
     Dc. Cooperador- Charles A.da Silva.                 
Charlessilva73@yahoo.com.br  - Bacharel em Teologia-Faceten-Mestre em Teologia-Filemon.    

           



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