sábado, 30 de novembro de 2013


OS EVANGELHOS.
Os evangelhos são a própria historia da vida de Cristo na terra, isto é, dos prodígios que operou das doutrinas que ensinou, e dos sofrimentos por que passou. Por consequência, falando em sentido restrito, não pode haver mais que um só evangelho. São quatro livros, narrando cada um deles o mesmo evangelho. E foi isto um passo fácil para a resolução de dar aos livros o nome de “Evangelhos”. Sendo o primeiro a aplicar a palavra, *Justino Mártir (c.1400 A.D.), que fala das memorias dos apóstolos, chamado evangelhos.

ETMOLOGIA.

   A palavra evangelho deriva-se da grega  ευαγγελιον [euaggelion, evangelho], boas novas.  Aparece 77 vezes no Novo Testamento. Nos evangelhos o termo ευαγγελιον [euaggelion]  ocorre nos escritos de Mateus e Marcos.  O correspondente   ευαγγελιζω [euaggelizô, evangelizar], aparece 55 vezes no Novo Testamento.

(1) Mateus 4: 23
Percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo. - το ευαγγελιον [to euaggelion] 
(2) Mateus 9: 35
E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades. - το ευαγγελιον[to euaggelion]
(3) Mateus 24: 14
E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim. - το ευαγγελιον [to euaggelion] Nom. sing. ("este evangelho" - τουτο το ευαγγελιον [touto to euaggelion]).

*Justino (em latim: Flavius Iustinus ou Iustinus Martir), também conhecido como Justino Mártir ou Justino de Nablus (100 - 165) foi um teólogo do século II.

(4) Marcos 1: 14. Depois de João ter sido preso, foi Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho de Deus, - το ευαγγελιον [to euaggelion].
 (5) Marcos 1: 15.   E dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho. - τω ευαγγελιω [tô euaggeliô] Dat. sing. ("no evangelho" - εν τω ευαγγελιω [en tô euaggeliô]).
(6) Marcos 8: 35. Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por causa de mim e do evangelho salvá-la-á. - του ευαγγελιου [tou euaggeliou].
  A palavra Evangelho empregada isoladamente, ou com adições, como o evangelho de Deus, de Cristo, do Reino, da graça de Deus, do seu Filho, da Gloria de Cristo, da nossa salvação, da paz, da gloria do bendito Deus, significa sempre as boas novas de que Deus é o autor, as boas novas da salvação e da paz que Cristo veio anunciar, e de que ELE, pela sua vida, morte e ressurreição é a essência.    
PREPARAÇÃO PARA O EVANGELHO.
 Os três anos mais abundantes em acontecimentos que o mundo jamais viu, foram aqueles em que nosso Senhor Jesus Cristo exerceu o que é comumente chamado seu ministério público. O Velho Testamento aponta para esse período como a grande esperança do homem; atentamos-nos para o mesmo como o tempo em que a luz resplandeceu nas trevas e o Evangelho pelo qual o homem pôde tornar-se um filho de Deus, teve seu inicio.  O Velho Testamento apontava para esse período, mas antes que ele realmente chegasse, houve duas preparações especiais;
O mundo foi preparado para a vinda do Evangelho.
O Messias foi preparado para o estabelecimento do Evangelho.
PREPARAÇÃO PARA A VINDA DO MESSIAS.
Nenhum estudo do Novo Testamento pode ser completo e satisfatório sem tomar em consideração os acontecimentos dos quatro séculos que se passaram desde o fim do Velho Testamento. Nesse período verificaram-se mudanças notáveis: Na politica; na religião e na língua.

  •  Na politica. O domínio da pérsia cedeu lugar ao domínio de Roma. A história politica do período divide-se em quatro Fases. 


  I -  O Período Persa(536 - 331 a.C.) No fim do Antigo Testamento uma parte dos judeus havia regressado a seu  próprio pais. A Pérsia, o grande poder mundial de então   não interveio na vida desses judeus, mas deixou-os em paz na terra.
 II -  O Período Grego(331 – 167 a.C.) no ano 331 a.c., o domínio passou para a Grécia. Nesse ano, Alexandre, o grande, o imperador Grego, realizou com êxito uma campanha contra os persas, e a sede do domínio mundial passou para sempre da Ásia.  O reinado de Alexandre foi breve, pois, ele morreu em 321 a.C., todavia suas campanhas realizaram duas coisas que influenciaram o mundo grandemente na obra posterior do Cristianismo , as quais    são;
  • A união do mundo conhecido debaixo de uma só cabeça.
  • O estabelecimento de uma língua mundial. (Grego).

 III -  O Período Judaico. (167 – 63 a.C.). Com a  morte de Matatias a chefia do seu grupo passou para seu filho, Judas, chamado Macabeu.  A este se deve o nome do período. Era ele um sábio e hábil general, e empreendeu uma guerra vitoriosa contra os sírios. Depois dele a direção passou sucessivamente para os seus irmãos, Jonatas e Simão, foi reconquistada para os Judeus a sua independência no ano 142 a.C.
 O Período Romano. (63 a.C).  Pompeu, o governador Romano que manteve a posse da Palestina, a principio mostrou favor a um dos irmãos, mas pouco depois entregou a direção politica da terra a Antipater, um Idumeu ou Edomita. Pela morte desde a após rudes pelejas foi dado o governo a seu filho, Herodes, o grande, o mesmo que ordenou a execrável chacina dos infantes de Belém por ocasião da visita dos Magos do oriente, ao infante Jesus. Após a morte de Herodes, o grande, a terra foi dividida entre três dos seus filhos; Arquelau ficou com a Judeia, Antipas com a Galileia e a Pereia; e a Felipe coube a região nordeste do mar da Galileia. Alguns anos mais tarde, Arquelau foi deposto e um governa dor romano foi colocado sobre a Judeia. Durante o ministério público de Jesus ocupava esse lugar, Poncio Pilatos. 
  •  Na religião. O Novo Testamento revela a existência de partidos religiosos e instituições que não se conheciam no Velho Testamento.

 A. Os Samaritanos.  Começou a aparecer nos últimos dias do Velho Testamento. Seus componentes descendiam de uma raça mista que surgiu como consequência do consorcio de estrangeiros trazidos para a Palestina por Sargon com Judeus pobres que haviam permanecido após a queda do Reino do Norte.
 B. Os Saduceus. Os saduceus geralmente eram ricos e ocupavam cargos de prestígio em Israel, como o de sumo sacerdote. Era também a maioria no Sinédrio (conselho que julgava assuntos da lei judaica e da justiça criminal, na Judéia e em outras províncias). Tinham uma grande preocupação em acatar as decisões de Roma (que dominava Israel no período em questão), dando, muitas vezes, mais importância à política do que à religião. Vale destacar que os saduceus não eram bem vistos pelo povo, já que faziam parte da elite e apoiavam os romanos. Esse grupo deixou de existir após a destruição do Templo de Jerusalém, em 70 d.C., já que tinha uma forte tendência política.
 C. Os Fariseus.  Os fariseus geralmente eram indivíduos de uma classe social intermediária. Embora fosse minoria no Sinédrio, eram indispensáveis, pois tinham o apoio do povo judeu. Essa popularidade rendia-lhes muitas conquistas no conselho.
  •  Na lingua.  A língua do tempo do Novo Testamento era o  Grego, a razão disso foi a obra de Alexandre, o grande. Suas conquistas das nações do oriente e a marcha dos seus exercitos  sobre as terras orientais, trouxeram todas essas terras ao contato com a língua grega que se tornou a linguagem internacional  do seu tempo. Foi durante esse período que a Filosofia e o pensamento gregos atingiram a sua época áurea


OS QUATRO EVANGELHOS.
A partir do fim do século segundo quando Irineu sustentava a necessidade de quatro evangelhos, vindos das quatro zonas da terra e trazidos pelos quatro       ventos  do céu, os diferentes aspectos da vida de Cristo, e a sua unidade na diversidade, têm sido muitas vezes e de vários modos traçados.   Basta uma simples vista para se conhecer que os quatro evangelhos separam-se em três e um. O quarto temos de considera-lo á parte. O seu começo não é  uma narrativa , mas pensamento de profundíssima teologia. O objetivo do escritor não é descrever a historia da vida terrena de Jesus, mas apresenta-lo como “ o Cristo, o Filho de Deus”. Ele vai expondo a relação em que está o Filho para O Pai e ao mesmo tempo a missão daquele para com a humanidade.

O Evangelho segundo Marcos( KATA  MAPKON)→ O livro é anônimo, visto como por consenso comum os títulos dos escritos do Novo Testamento são considerados como acréscimos ulteriores, não tendo, além disso, o autor  em parte alguma dado a conhecer a sua personalidade. Mas uma tradição continua atribui a Marcos a descrição das “palavras  e ações de Cristo”, identificando este trabalho com o nosso segundo evangelho, e o autor com aquele João Marcos a quem se referem os Atos dos Apóstolos e as Epistolas. Marcos aparece nos Atos dos apóstolos como um judeu de Jerusalém, chamado João, que tinha adotado como sobre nome, o nome romano de Marcos. Na primeira menção que ele se faz vem o seu nome em relação com o de Pedro, pois foi para “ casa de Maria, mãe de João que tinha por sobre nome Marcos”. Uma antiga e fidedigna tradição afirma que este evangelho foi escrito em Roma, e para os cristãos romanos. Cf. At.12.12; 13.13;Cl.4.10; IITm.4.11; IPe.5.13.   
Acredita-se que Marcos escreve u este Evangelho entre o final dos anos 60 e 70, talvez pouco antes da destruição de Jerusalém pelo general romano Tito, no ano 70.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                
O Evangelho segundo Mateus→(  KATA   MATOAION)→ O primeiro evangelho, do mesmo modo que o segundo, é anônimo, mas por uma uniforme tradição e  atribuído ao apostolo Mateus. O único incidente que se relata, é a sua chamada e sua pronta obediência. Era publicano coletor de impostos no importante centro  comercial de Cafarnaum. Este apostolo é também conhecido como Levi , vindo a adotar logo após o nome de Mateus. C f. M c.2.14; Lc. 5.27. A parte mais considerável  do livro trata do ministério de jesus na Galileia . Este evangelho é especialmente dirigido aos Judeus. O alvo que visa o escritor é em primeiro lugar, pela simples narração do que Jesus fez e ensinou. Livrar a memoria do seu mestre de qualquer censura, destruir os preconceitos  dos seus conterrâneos , e apresentar o verdadeiro caráter do Messias, o livro também pode ser apresentado como uma exposição do “Reino de Deus.”  Sendo esta uma frase que ocorre trinta e três vezes neste evangelho e nenhuma vez nos outros. As exposições de Mateus     visavam refutar as varias seitas Judaicas, e o seu cuidado em reproduzir aquela parte dos discursos de Jesus que melhor pudesse despertar a nação judaica pelo conhecimento de seus pecados, corrigir as suas esperanças relativas a um reino terrestre, e prepara-la para a admissão  dos gentios na igreja. Há algumas características judaicas nos escritos de Mateus, as quais são;
► É comum o uso de expressões judaicas como “Reino dos Céus” e “Pai Celestial”, típicas de uma religião que evita, por reverencia, empregar o nome Deus. 
►  A genealogia de Cristo retrocede até Abraão.
►  Há grande ênfase ao cumprimento  das profecias registradas nas Escrituras hebraicas.
►  Há constante menção a Jesus como filho de Davi.
Conquanto seja posterior ao evangelho de Marcos, pode-se bem sustentar com base em 22Mateus. 4.5; 5.35; 22.7; 23.2-34; 24.2,15; 27.53; Lucas. 21.20.  (Observe nas citações de Mateus, suas alusões a Cidade Santa, ao lugar Santo, a Cidade do grande Rei.) parecem significar que o evangelho foi escrito pouco tempo antes  do trágico fim da guerra que flagelou os judeus no ano 70. 
O Evangelho segundo Lucas→( Kata Aoykan) → O Evangelho de Lucas é um dos textos mais elaborados do Novo Testamento. Lucas não apresenta a Cristo como um  homem comum, mas sim, como o Filho de Deus, nascido de uma virgem. Cf. Lc .1.32,33. O livro É produto de cuidadosa pesquisa, o “Medico amado”, que procurou informar-se minunciosamente de tudo desde o principio. Desse modo, é ele quem nos oferece o relato mais completo  da vida de Jesus. Cf. Lc.21. 
 Este Evangelho não somente compartilha de larga aceitação que os outros sinópticos tiveram desde meados do segundo século, mas tem a seu favor um testemunho especial e mais antigo, o de Marcion do Ponto(c.A.D.140). O Novo Testa mento de sua própria seleção, que ele levou para Roma, constava de um Evangelho e de um  Apostolicon (dez epistolas de Paulo). Este Evangelho pode em grande parte ser reconstruído com as citações de Tertuliano e Epifânio  , adversário de Marcion e denota ter sido uma versão revista e mutilada de Lucas.
Que Lucas foi o último dos Evangelhos sinópticos é nos sugerido, Primeiro. Pelo prologo, onde se diz “Muitos da segunda geração de Cristãos já haviam empreendido uma tarefa semelhante; Segundo. Pelo uso das duas principais fontes do primeiro e segundo Evangelhos, juntamente com materiais novos; Terceiro. Pelos numerosos e leves toques que parecem mostrar “desenvolvimento” no uso da tradição   comum. Quarto. Pelas modificações no “discurso escatológico” com suas indicações mais claras sobre o cerco de Jerusalém.
 Ps. Lucas não se identifica como autor em seus escritos, porém o testemunho unanime dos cristãos primitivos, principalmente nas obras de Irineu, dão conta de que ele escreveu o Evangelho que leva o seu nome e o livro de Atos dos Apóstolos. A data provável para a escritura deste evangelho situa-se entre os anos 59 e 63 ou em algum momento do período que compreende as décadas de 60 e 70
O Evangelho segundo João →(Kata IΩannhn) → A mais antiga referencia  feita a este Evangelho pelo seu nome encontra-se em Teófilo de Antioquia(c. A .D. 180), que cita 1.1 precedido da declaração: “João diz”. Irineu o atribuiu sem hesitação alguma  a João, Discípulo do Senhor e que também se recostava no seu peito, e afirma que ele escreveu em Éfeso, onde permaneceu até o tempo de Trajano(A.D. 98-117). Testemunho semelhante é dado por Tertuliano, por Clemente de Alexandria, e por outros escritores posteriores. No último quarto do segundo século, e depois disso, era o evangelho universalmente e sem hesitação recebido como obra do apostolo João, que o compôs em Éfeso, sendo já de idade avançada, depois da publicação dos outros evangelhos.
Alguns argumentos que nos levam a crer na autoria do Apostolo João:
Judeu.  Ele acha-se perfeitamente familiarizado com a s opiniões do povo de Israel (Especialmente a esperança Messiânica), e com as praticas e o uso judaico. Cf. 1.21;4.25;6.14,15;7;12.13,3419.15,21.
Falava Aramaico.  O estilo é hebraistico, mostrando as citações do Antigo Testamento, não só mostrando conhecimento do hebraico, mas também da septuaginta.
Natural da Palestina. Ele mostra que lhe era muito familiar a topografia da Palestina, e a de Jerusalém,(Cidade esta que já estava em ruinas quando o evangelho  foi escrito).
Testemunha ocular. Tempo, pessoas e lugares são constante mente especificados, ao passo q eu o caráter gráfico da narrativa, mostra ou “ a habilidade dum artista consumado, ou memoria dum observador” (Westcott).
Apostolo. É uma testemunha ocular em intima relação com os pensamentos e ações dos apóstolos e do Divino Mestre.
 Em seus escritos João procura apresentar “Cristo como, o Filho de Deus”. Cf. 20.31. Acredita-se que originalmente este evangelho tenha sido endereçado a igreja que estava em Éfeso, no entanto seu proposito é universal.
Tradicionalmente, aceita-se que João tenha escrito o evangelho já próximo do final  do século I, no entanto foi apontada uma data anterior, entre a década de 50 e antes do ano 70.  João 5.2 declara que: “Em Jerusalém há (tempo presente), próximo á Porta das Ovelhas, um tanque chamado em hebreu Betesda, o qual tem cinco alpendres”. O livro, portanto, teria sido escrito antes da destruição de Jerusalém, que se deu no ano 70. 

Espero que seja de grande valia esta exposição dos Evangelhos para o estudante da Palavra de Deus. Havia muito mais que se escrever, porém ficaria muito longa e cansativa a leitura.
Prezado irmão não se esqueça de ler as citações da Palavra de Deus, somente desta maneira será profícuo o seu estudo e sua pesquisa.
As datas atribuídas à escritura dos Evangelhos são todas por aproximação. As datas eram contadas tomando-se por base eventos importantes, e isso dentro de cada povo. Não havia, é obvio uma base geral. 


Bibliografia.  
Bíblia Sagrada. ARC.
Historia, Doutrina  e Interpretação da Bíblia. VolII. Joseph Angus – Casa Publicadora Batista. 1953
A Bíblia através dos séculos, A historia e formação do Livro dos Livros. Pr. Antonio Gilberto. C.P.A.D.1992
Apostila Fait (Faculdade Iguaçuana de Teologia)2010.
De Belém a Patmos (Estudos no Novo Testamento). W.E  Denham. Casa Publicadora Batista. 1943.    

Que a Paz de Cristo, que excede todo o conhecimento, encontre morada em nossos corações, e que sejamos valorosos defensores do Evangelho da paz.  








terça-feira, 12 de novembro de 2013

UNIVERSALISMO.
O universalismo é a crença de que todos serão salvos e o inferno não existe. Foi promovido por autores como Gerrard Winstanley, Richard Coppin e George de Benneville no século 17: portanto, não é novo. Na América do Norte, os que aderiram a essa linha teológica passaram a ser chamados de universalistas. Há até uma Igreja Universalista, que abriga tais ensinos. George Knight tornou-se o maior defensor do universalismo sob influência dos escritos de Friedrich Schleiermarcher e George MacDonald. ( Ronaldo Lidório).
Opinião que não reconhece outra autoridade senão o consentimento universal.
Tendência para universalizar uma ideia, uma obra, um sistema. ( Dicionário online).
Principais pontos defendidos.
1. A salvação é para toda a raça humana.
2. Ninguém será condenado ao inferno, pois este não existe.
3. Todos estarão no céu.
Textos. ITm.4.1-5; IITm.3.1-7;
Introdução: Paulo ao escrever a Timóteo já o alertava sobre os problemas de apostasia e disseminação de Doutrinas heréticas no seio da igreja, e que ele deveria estar pronto a resistir e pregar a sã doutrina. Parece que Paulo esta falando para as igrejas do secXXI. É como se ele ainda vivesse nos dias atuais e contemplasse os descaminhos do evangelho.
 Ouvi uma mensagem de um renomado pastor (Prefiro não citar o nome ) na qual  ele defendia a Doutrina do Universalismo, ele utilizou Rm.8.4,15,16, para dar aso a sua convicção.  Selecionei os tópicos capitais desta heresia.
O Pastor afirma que;
 I-Paulo ao Escrever o capitulo 8 da carta aos romanos esta incluindo toda a raça humana no plano da redenção.  (Abrangência).
Refutação: Impossível. Já no verso 1 Paulo diz: “Nem uma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”. Em momento nenhum o texto aponta para uma  salvação universal. Cf. Atos 16:31 - "E eles disseram: CRÊ no Senhor “Jesus Cristo, e SERÁS SALVO, tu e a tua casa."
Romanos 10:13 - "Porque TODO AQUELE que invocar o nome do Senhor será salvo.
 II.   Que o Espirito Santo escolheu toda a raça humana como filhos de Deus.
        Refutação. Pense, se o plano de Deus for o de Salvar toda a humanidade,  para que então procurar viver uma vida de Santidade? Que diferença faz aceitar a Cristo como Salvador ou não? Posso continuar com os meus erros, porque sei que serei salvo. Pura heresia.  Cf.  Ev. João.1.12,13. Contudo, aos que o receberam aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus.
 III.  Que o cap.8 não esta falando somente dos salvos em Cristo, mas de toda a humanidade.
Refutação. Não há base alguma para tal afirmação. Do inicio ao fim do capitulo 8 Paulo esta tratando com os fieis, não esqueçam que a carta e endereçada a igreja que estava em Roma.
 IV.  Que não devemos pregar ao pecador orientando-o quanto ao juízo eterno, mas que devemos dizer a esse pecador que Deus o ama e esta satisfeito com ele.(Não precisa mudar de postura).
Refutação. Para mim essa  fala é a pior do  discurso . Como é que eu não vou dizer ao pecador que se ele não se arrepender, vai padecer?  Concordo que Deus o ama, mas também sei que Ele é fogo consumidor. Será que Ele ama o pecador como este está? Cf. Ez.3.16-22. . E sucedeu que, ao fim de sete dias, veio a palavra do SENHOR a mim, dizendo:
17 Filho do homem: Eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; e tu da minha boca ouvirás a palavra e avisá-los-ás da minha parte.
18 Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; e tu não o avisares, nem falares para avisar o ímpio acerca do seu mau caminho, para salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua iniqüidade, mas o seu sangue, da tua mão o requererei.
19 Mas, se avisares ao ímpio, e ele não se converter da sua impiedade e do seu mau caminho, ele morrerá na sua iniqüidade, mas tu livraste a tua alma.
20 Semelhantemente, quando o justo se desviar da sua justiça, e cometer a iniqüidade, e eu puser diante dele um tropeço, ele morrerá: porque tu não o avisaste, no seu pecado morrerá; e suas justiças, que tiver praticado, não serão lembradas, mas o seu sangue, da tua mão o requererei.
21 Mas, avisando tu o justo, para que não peque, e ele não pecar, certamente viverá; porque foi avisado; e tu livraste a tua alma.
22 E a mão do SENHOR estava sobre mim ali, e ele me disse: Levanta-te, e sai ao vale, e ali falarei contigo.
  V.  Que muitos estarão no céu sem saber o que fizeram para chegar até lá.
Refutação.    Durante a mensagem foi dita a frase acima. Será que o céu vai ser um lugar de pessoas alienadas? De pessoas que chegaram ali por um acaso?  Cf. Apoc.21.27. E não entrara nela coisa alguma que contamine e que cometa abominação e mentira; mas só os que  estão inscritos no Livro  de Vida do Cordeiro.
Mt.5.8. Bem aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.
João. 3.3. Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não poderá ver o reino de Deus.
IITm.4.8. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, Justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.  Após lermos as referencias, é possível aceitar que qualquer um vai para o céu? Ou que ele esteja também reservado para toda a raça humana? Pense

ROMANOS.
Exegese. Cap.8.4,15,16.
Ao escrever a epístola aos Romanos, Paulo tinha como intuito de resolver alguns problemas que haviam surgido no seio da comunidade cristã, devido a rivalidade entre Judeus e gentios. 11.11-25; 14.1;15.6.
No capitulo 8, Paulo esta tratando da nova vida de liberdade em Cristo Jesus, e não da inclusão de toda a raça humana no plano da redenção. O plano da redenção e somente para aqueles que reconhecem o valor do Sangue de Cristo no madeiro e estão dispostos a seguir seus passos. Cf. Ev. João.3.33-36; Hab.2.4;1João.5.11,12.
8.4→  A justiça da lei  a  qual o apostolo  refere-se no inicio do versículo, era  ajustiça da lei mosaica, que  era obtida através do sangue de animais derramado pelo sacerdote para remissão do pecado do povo.(Apontava para Cristo). A justiça da lei cumpriu-se em nós através do sangue de Cristo derramando no madeiro, o qual foi o pendão para salvar todos aqueles que aceitam fazer parte desse sacrifício.  Logo, não é possível entender que Paulo esteja falando da remissão de toda a raça humana como insiste em afirmar o pastor. Palavras do pastor. “No versículo 4, Paulo não esta fazendo referência a nós salvos  em Cristo, mas a toda a raça humana”  Não há  base para está afirmação. Cf. Ev.João.3.16; Rm.10.13;Joel;2.32;Is.46.13
8.15→ Claramente Paulo fala aos crentes em Cristo Jesus.  O Apostolo  orienta e lembra aos crentes em Roma que agora eles são livres pelo Sangue do Cordeiro e que não devem nada a lei(Mosaica) que os escravizava. Estes crentes estavam sendo oprimidos pelos fariseus devido serem de origem gentia.  Em hipótese nenhuma tinha como Paulo estar falando ou fazendo uma  referencia  com sentido universal de raça. O mundo esta preso na escravidão do pecado e da  ignorância.  Cristo morreu para salvar toda a humanidade, porém está mesma humanidade lhe virou as costa, preferindo andar  em seu caminho de morte. Somente recebeu a graça da adoção aqueles que aceitaram e reconheceram a Cristo como Senhor e Rei.   Logo, mais uma vez cai por terra a teoria da salvação universal. Cf. Rm. 3.23-26; 5.20,21;6.5-9.
8.16→ Dando sequencia ao verso anterior, Paulo deixa bem claro que, somente o Espirito Santo  é capaz de nos dar a certeza de que somos filhos de Deus. Para haver este testemunho é necessário que o Espirito de Deus habite em nós. Será que o mundo tem o Espirito Santo, será que o mundo (Raça humana) testifica as verdades de Deus. Com certeza as respostas serão negativas.  Mais uma vez, não é possível encontrar qualquer apontamento para a salvação universal neste verso. Cf. Galatas.2.20;Rm.6.8;Rm.3.9-18;Tg.4.4,5;Lc.24.45-49;ICo.6.19,20.

REFUTANDO A DOUTRINA DA SALVAÇÃO UNIVERSAL.
Com base nas Sagradas Escrituras, façamos às devidas refutações a doutrina do universalismo.
 I. A salvação é para toda a raça humana.
O que diz a bíblia?
A salvação é somente para os que creem. At.16.30,31. Então os levou para fora e perguntou: "Senhores, que devo fazer para ser salvo?" Eles responderam: “Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, tu e a tua casa”.
Somente para os que reconhecem e confessam o nome do Senhor. Rm.10.9.  Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo.
É dom de Deus. Efésios. 2.8,9. Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie.
                  D. É para todos aqueles que se aproximam de Deus. Hb. 7.25. Portanto, ele é capaz de salvar definitivamente aqueles que, por meio dele, se aproximam de Deus, pois vive sempre para interceder por eles.

As escrituras deixam bem claro que a salvação não alcançara a toda à raça humana.

 2.  Ninguém será condenado ao inferno, pois este não existe.

O que diz a bíblia?

Todos serão julgados por Deus e receberão suas recompensas. Apoc.20.13-15
O mar entregou os mortos que nele havia, e a morte e o Hades entregaram os mortos que neles havia; e cada um foi julgado de acordo com o que tinha feito. Então a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. O lago de fogo é a segunda morte. Aqueles cujos nomes não foram encontrados no livro da vida foram lançados no lago de fogo.
   Todos os homens pecadores serão  lançados no inferno.  Mt.18,9. E, se o seu olho o fizer tropeçar, arranque-o e jogue-o fora. É melhor entrar na vida com um só olho do que, tendo os dois olhos, ser lançado no fogo do inferno.
Todos os que não dominam a língua.   Tg. 3.6 Pois Deus não poupou os anjos que pecaram, mas os lançou no inferno, prendendo-os em abismos tenebrosos a fim de serem reservados para o juízo.
      D. Todos os que não têm temor de Deus. Lc.12.5.   Mas eu mostrarei a quem vocês devem temer: temam àquele que, depois de matar o corpo, tem poder para lançar no inferno. Sim, eu digo a vocês, a esse vocês devem temer.

         3. Todos estarão no céu.
 
         O que  diz  a Bíblia ?

Somente o povo de Deus.  Apocalipse 21. 1--4.  Ouvi uma forte voz que vinha do trono e dizia: "Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus. Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou".
Somente aqueles que o amam.  1Co.2.9.  Todavia, como está escrito:
"Olho nenhum viu,  ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou e
o que Deus preparou para aqueles que o amam"
Somente aqueles que foram santificados pela palavra de Deus.1Ts.4.13-18.
Somente os que esperam o retorno triunfal de Cristo Jesus. Hb.9.28; Tito.2.13.


Conclusão : Não existe e nem existira a salvação universal,  a palavra de Deus e bem clara quanto ao destino da humanidade que preferiu seguir seu destino sem a presença do Eterno Criador. A Doutrina  do universalismo é  altamente  diabólica, tendo como  objetivo principal menosprezar o sacrifício de Cristo na Cruz do Calvário.  Salvação só haverá para aqueles que estão debaixo do Sangue do cordeiro, o restante da humanidade passara pelo tormento Eterno.   Cf. Pv.16.4; IIPed.2.9;Ec.8.9,13; Sl.73. Queridos irmãos leiam, pesquise, aprofundem-se na palavra de Deus, só assim não cairão nas ciladas do diabo. At.17.11 .

Que o Deus criador de todas as coisas, nos ajude a termos uma mente aberta e desejosa de conhecimento Divino. 

sábado, 2 de novembro de 2013

FESTAS JUDAICAS.
INTRODUÇÃO: A festa é uma das formas de se representar um povo. Neste tipo de evento  pode-se conhecer um pouco dos hábitos dos moradores de um determinado local , bem como suas tradições. Com Israel não foi  diferente, através de suas principais festas podemos conhecer um pouco da cultura deste povo,  bem como sua devoção ao Deus todo poderoso.

 As festas Bíblicas diferem quanto a origem, o proposito e o conteúdo. Para os Israelitas, as estações eram obras do Criador para beneficio do homem. Manifestavam as beneficências de Deus para com suas criaturas. Por esses festivais o homem não apenas reconhecia a Deus como seu provedor mas também relembrava o livre e ilimitado favor do Senhor para com o povo escolhido a quem libertara, por sua intervenção pessoal neste mundo.    
    Israel tinha três grandes festas anuais celebradas no período antigo. Mais tarde nos últimos séculos do Antigo Testamento, o calendário religioso foi carregado de novas festas.  Trataremos primeiramente das três festas mais antigas.
1.FESTA DOS PÃES ASMOS / PASCOA.  hb. hagh hamaççôth, 
Durante esta festa havia dois tipos de celebrações, o pão asmo e o sacrifício do cordeiro.

  I. Os Asmos/Ázimos. Os Ázimos, massot, são pães sem fermento, a festa dos  massots marcava o principio da ceifa da cevada, que era feita primeiro.  Durante sete dias, se come do pão feito com os grãos novos, sem fermento, isto é, sem nada que venha da colheita anterior, é um novo começo. A festa tem o caráter de uma primeira oferenda das primícias.
Esta é uma festa agrícola que só começou a ser celebrada após a entrada em canaã. Lv.23.10.
Sendo uma festa agrícola, ela dependia do amadurecimento da colheita e não podia ter data mais precisa que “ o mês da espigas”, o mês de abibe. Êx.23;34.
II.  PASCOA(Pesah). Era um festa anual  celebrada no dia 14 do mês de Nisã, o que corresponde  em nosso calendário ao mês de Abril. Esta festa foi estabelecida para comemorar o livramento histórico da escravidão no Egito.  O ritual de cumprimento desta festa, implicava  na morte de  um cordeiro macho de um ano, que deveria ser imolado ao entardecer. Deveria ser assado sobre o fogo por inteiro, com a cabeça, as pernas, e a fressura intactas, sem quebrar-lhe os ossos. Deveriam comê-lo à noite, acompanhado de pão sem fermento, e ervas amarga, e o que sobrasse deveria ser queimado ao amanhecer.  A refeição deveria ser feita as pressas com as sandálias nos pés, os lombos cingidos e o cajado de viagem na mão. O sangue do cordeiro deveria ser passado nas vergas e nos umbrais das portas, para que quando o anjo da morte passasse sobre o Egito, visse o sangue e livrasse aquela família  da sentença Divina. Êx. 12.
   2. A FESTA DAS SEMANAS/PRIMICIAS/PENTECOSTES. Hb. Haghshabhuôth. Êx.23.16;;34.22;Gn.30.14;Jz.15.1;1ºSm.6.13;12.17;Dt.16.9,10,11;   Nm.  28.26;Is.9.2  Esta festa é conhecida como festa das primícias, das Semanas ou Pentecostes, marcava um dos grandes períodos do calendário agrícola da Palestina,  e o calendário de Gezer. Esta festa é chamada simultaneamente “Festa das Semanas” e “Festa das Primícias”, bikkurim.    A partir do dia seguinte ao sábado em que é apresentado o primeiro feixe, contam-se sete semanas completas até ao dia seguinte ao sétimo sábado, isto é, cinquenta dias.  Πεντηκοστή, o “quinquagésimo” dia, o Pentecostes, do qual se acham as primeiras menções.  A cerimonia característica era a  oferenda de dois pães de farinha nova cozida com fermento. Essa oblação excepcional destaca o caráter  agrícola  da festa e sua relação estreita com o “ massot”; no principio  da ceifa, comem-se pães sem fermento, em sinal de renovação, no fim da ceifa do trigo, oferece-se pão fermentado, o pão de todos os dias na casa do sedentário. 
Após o exilio os Judeus passaram  a observar essa festa no templo, em Jerusalém, tornando-se a segunda das três festas anuais em que o povo afluía para essa cidade. Essa era outra ocasião festiva em que, além das cerimonias religiosas, havia muita comida, bebida e musica. Esse dia teve um significado todo especial para a historia do cristianismo, pois marcou o inicio de uma nova fase para o        evangelho. Após a ascensão de Jesus Cristo, os crentes retornaram  a Jerusalém para ali aguardarem novas instruções.At.2.1-4

3. FESTA DOS TABERNÁCULOS/DASTENDAS. Hb.hagh hassukkôt.  A terceira das grandes é  chamada nas traduções em português, a festa dos Tabernáculos ou  das tendas ou das          cabanas . “Tabernáculos” é uma transcrição do termo empregado pela vulgata. “Tendas” , que é uma tradução desse vocábulo latino, diz algo, mas induz em erro: a celebração da festa nunca teve armação de “tendas” A festa tinha dois aspectos distintos . 
I.  Parte dela era consagrada ao louvor e ações de graças. O toque das trombetas convocava o povo que se postava nas ruas para assistir a marcha dos Sacerdotes que iam ao tanque de Siloé, enchiam uma vasilha de água e depois rumavam para o templo e derramava m no altar. A finalidade desse ritual era dar graças á Deus pela água, e suplicar-lhe as chuvas de inverno, necessárias a uma colheita abundante na primavera e no verão. Muitos desses celebrantes levavam ramos de palmeiras nas mãos, como símbolo de reconhecimento pela boa colheita obtida.
II. Os festejos eram o ponto alto dessa festa.  À noite as multidões festejavam com banquete e ainda cantava m, dançavam e caminhavam pelas ruas carregando tochas. Nesses momentos demostravam sua gratidão a Deus, desfrutando as coisas boas da vida e o prazer de gozarem da companhia uns dos outros.
Essa festa tinha duração de sete dias, sendo que o primeiro e o último dia eram com vocações santas. As frutas eram colhidas e o povo habitava em  “cabanas” feitas com ramos de galhos de árvores. Lv.23.39-43; Nm 29.12-38.
Como antigamente a páscoa e tardiamente as Semanas, a festa das Tendas foi associada  a um evento da história da salvação: Os israelitas devem  habitar sob cabanas em memoria das “Cabanas”, sukkot, onde Deus fez seus pais habitarem após a saída do egito. Lv.23.43.
Além das três principais festas celebradas pelos israelitas, existiam outras que foram anexadas ao calendário religioso nos últimos séculos  do Antigo Testamento.
1. O YOM  KIPPUR. É atualmente  uma das grandes solenidades do Judaísmo.
No principio da nossa era o Yom Kippurim, o “dia das expiações”, já tinha uma  importância  que ele   era chamado o “Dia” entre os dias, e este é o titulo que tem o tratado Yoma que a Mishná lhe consagra. Ele era celebrado, e ainda é, no dia 10 de Tishri(Setembro – Outubro). A bíblia  ensina  que nesse rito religioso Jesus assume a função  de sumo sacerdote.  Era uma ocasião de reflexão, de arrependimento nacional e de purificação dos pecados, também chamado ”Dia da expiação” . Após experimentar  profundos sentimentos de remorso e tristeza, os participantes se entregavam ás alegrias da festa dos    Tabernáculos.  O objetivo dessa comemoração era fazer uma pausa na vida e refletir sobre os pecados cometidos. Os fieis  meditavam também sobre os pecados da nação e sua condição espiritual, pois se considerava parte de um todo. Depois de fazer o exame da alma perante Deus, eles experimentavam o perdão de Yavé.
A comemoração tinha um lado  pessoal e um sacerdotal. Cada individuo tinha que observar um dia de Jejum, quando ninguém poderia trabalhar. Esperava-se que todos mantivessem um semblante serio, e quem não o fizesse poderia ser morto.  Era nessa ocasião em que o Sumo Sacerdote entrava no Santo dos Santos. Era a única vez no ano em que ele apresentava nessa parte do Templo. Ali ele entregava uma oferta que constava da mistura de Sangue de um boi e de um bode.
Em seguida, o sacerdote realizava  a cerimonia do bode emissário, que era escolhido por sorteio. Esse animal era chamado de “Azazel”, que significa “Emissário”. O sacerdote colocava as duas mãos sobre a cabeça do animal  e em seguida confessava  os pecados de Israel, dessa forma , simbolicamente os pecados estavam transferidos para o animal, que era em seguida solto no deserto para morrer. Lv.16.8-22.
2. A FESTA DE HANUKKÁ/HªNUKKÂ. As traduções mais modernas geralmente chamam esta festa de festa da dedicação  “inauguração,” ou         “renovação”, corresponde melhor ao nome hebraico, hanukkah, que os rabinos lhe deram e que ela conservou no culto Judaico. A festa era celebrada  durante oito dias a partir do dia 15 de Kisleu(Dezembro), com alegria. Além dos sacrifícios, carregavam-se tirsos, ramos verdes e palmas, cantavam-se hinos, mas cantavam sobre tudo o Hallel, salmos 113-118. Não era obrigatório fazer a comemoração da festa em Jerusalém, e assim a maioria das pessoas a comemorava   e m sua própria cidade. O sentido da festa era de que o povo se alegrasse e se divertisse junto aos familiares. A forma de comemoração era bem variada, muitos gostavam de colocar luzes nas  janelas(Por isso também ser conhecida como festa das luzes).Eles saiam as ruas para dançar e            cantar ao som de instrumentos musicais até tarde da noite. Era uma festa de triunfo, que deveria ser celebrada com grande entusiasmo. 
3. A FESTA DE PURIM.  Foi estabelecida por Mordecai no tempo do rei Assuero, a fim de comemorar o notável livramento dos judeus das intrigas de Hamã, sendo dia de festividade e regozijo.
A festa era celebrada nos dias 14 e 15 de Adar, para comemorar a revanche  dos judeus da pérsia sobre seus inimigos . A festa era precedida de um dia de jejum, no dia 13 de Adar. Ao  entardecer acendia-se lâmpadas em todas as casas e ia-se a sinagoga, os dias 14 e 15 eram dias de alegria . Ia-se de novo a sinagoga para ouvir a leitura do livro de Ester, a leitura era pontuada pelas imprecações dos ouvintes contra Hamã   e os ímpios em geral  e ela acabava com uma solene benção de Mardoqueu, de Ester e dos Israelitas.

Bibliografia.
Manual dos Tempos e Costumes Bíblicos.  Willian L. Colleman. Ed. Betânia.
Novo Dicionário da Bíblia. VolII. Ed. Vida Nova.
Instituições de Israel no Antigo Testamento.  R. DE. VAUX. ED. Teológica.

Que o Deus todo Poderoso nos guarde e nos guia sempre no caminho da sabedoria.